segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um País rico é um País sem pobreza. - Será que é só isso?

Um País rico é um País sem pobreza. Esse é o slogan da Presidência da República. Entretanto, um País que quer sair da miséria não o consegue dando o peixe, mas sim, ensinando seu povo a pescar. Um País se constrói com EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA e LISURA nas atividades por parte dos governantes. Muito se critica e pouco se faz.

Nós não somos um povo acostumado a abraçar uma causa. Ajudamos, somente, nos momentos de crise, como nas enchentes ou nas tragédias que nos assolam. Fora isso, não fazemos nada. Não vamos nos orfanatos e damos comida, assistência e alento para os futuros "futuro da nação". O que eles podem esperar? Não damos assistência ao passado, através dos nossos idosos, abandonados nas filas dos hospitais públicos, morrendo em macas improvisadas, não tendo dignidade para viver, que dirá morrer. Um País precisa de memória (seus idosos) para que se faça um futuro (nossas crianças). E para tal, não se precisa só de comida. A gente não quer só comida já dizia a canção!

Somos obrigados ao voto, caso contrário perdemos nossos direitos primários de cidadão, inclusive o de ir e vir. Entretanto, alguém já parou para pensar que em momento algum somos tratados como cidadãos? Vivemos enjaulados enquanto o crime anda livre, leve e solto pelas ruas. Nós é que vivemos à margem da sociedade. Trabalhamos duro! Dos 365 dias do ano, 159 são trabalhados para pagarmos impostos que não são revertidos em nosso benefício! E ficamos calados como cordeiros ou, na hora da eleição, não demonstramos nossa insatisfação, votando nas mesmas "moscas" para que a situação permaneça como está.

Um País, um Estado, uma Cidade que se preze depende muito mais de nós do que de quem os lidera. Nós o colocamos no poder. Nós podemos tirá-los. Precisamos marcar pressão, cobrar, gritar, reclamar, exigir da mesma forma que fazem conosco, afinal, o emprego deles é igual ao de cada um de nós. Tem que mostrar resultados ou rodam! Que seja assim então! Porque só exercendo nosso direito de voto e só cobrando o que é nosso de fato, podemos ter um País de direito e, quem sabe, sem a pobreza de espírito, pelo menos! Um dia, espero, através dos exemplos que passo aos meus filhos, aos meus vizinhos, às pessoas que convivem comigo, espero fazer com que alguma diferença para melhor eu faça. Convido vocês ao mesmo.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Rede Globo - Inversão de Valores

Domingo passado, por volta 15:00 horas, a Rede Globo exibiu um filme que, aparentemente, seria mais uma comédia recheada de pancadarias do "mestre" do kung fu chines Jackie Chan chamado Três Ladrões e um bebê. Como todas as crianças curtem essas coisas de artes marciais e por se tratar de um título inofensivo e, mais ainda, por ser exibido num Domingo, em plena tarde, horário onde as crianças que não tem TV à cabo assistem a TV normal (se é que podemos chamar a nossa TV de normal ao fazer sensacionalismo com tragédias, mostrando falcatruas do governo que sempre termina impune, etc), deixei meu filho de 9 anos assistir.


Não prestei atenção no filme. Detesto tudo que seja culto à violência e acho esse tal de Jackie Chan uma droga em todos os sentidos. Me envolvi com meu computador, escrevendo, enfim, não reparei a quantidade de violência daquele filme até meu marido entrar na sala e presenciar uma cena defuzilamento de várias pessoas, ajoelhadas, bem ao estilo de Segunda Guerra, ou de Guerrilheiros, Terroristas, atos que abominamos, repudiamos e fazemos de tudo para evitar no mundo inteiro. Imediatamente, trocamos de canal, mas me senti culpada por não ter visto o que ele assistiu antes de meu marido entrar na sala (graças a Deus!). Expliquei o motivo de mudarmos de canal e ele não só entendeu como concordou.


Não sou puritana, sou a favor de tudo, desde que dentro da lei, do respeito ao próximo e se for contra qualquer tipo de violência. É assim que educo meus filhos. Falo de tudo abertamente, sem rodeios. Preparo-os para a vida, mas enquanto puder evitar certas barbáries, evitarei. A vida é dura demais para, ainda, ter que mostrar que é injusta e amoral. E a Globo é mestra nisso, infelizmente. Uma das maiores emissoras do mundo sobrevive com a desgraça, a dor jumana e não faz questão de medir esforços para ganhar audiência dessa forma. Um exemplo é Jornal Nacional x Insensato Coração. Mostrar união gay nos jornais em horário nobre, pode. Nas novelas não pode. Isso é hipocrisia! Não entro no mérito se é normal, se é ilegal, se é contra as leis dos homens ou divinas. Cada um sabe de cada um. Falo da falta de coerência.


O que não pode e não aceito é que a violência invada a minha casa, em plena luz do dia, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Eu tenho a chance de mudar de canal, de dar orientação por estar sempre presente na educação dos meus filhos. Mas, e as famílias que não podem ter uma opção de diversão? E as famílias cujos pais não estão em casa? Muitos pais trabalham Domingos e feriados e seus filhos ficam por conta da sorte, na frente de uma TV, que lhes ensina que pancada e fuzilamento são coisas banais, aliás, são comédia infanto juvenil. Quantos bullyings começam com um filme de sessão da tarde? Quantos assaltos ou vícios começam com um programa voltado para adolescentes?


Deixo aqui meu protesto e minha indignação. Mas, o que eu esperava quando pedi a ajuda da Globo com relação às árvores que estavam caindo e eles me disseram que só se houvesse tragédia a notícia seria "veiculável"? Estamos nas mãos desses formadores de opinião e eles ainda dizem que somos a principal razão deles existirem no slogan que divulgam, atualmente, com seus principais astros. Dispenso, sinceramente, a parte que me cabe nessa preocupação!