sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Cinquentinha... Com corpinho de cinquentinha!!!

É... Estou chegando perto de comemorar uma data histórica: Cinquenta anos! São cinquenta anos de aprendizado, tombos, ralação, mas também de muita alegria e conquistas.

Claro que nunca foi fácil. Aliás, nada comigo vem fácil, mas com certeza muita coisa foi embora fácil e sem explicação ou razão que a própria conheça. Diz o dito popular que tudo que é mais difícil é mais gostoso. Mentira! Claro que facilidade demais não é bom porque se até o santo desconfia, que dirá euzinha, uma pobre e reles mulher brasileira que insiste e não desiste de ser feliz?! 

Agora, mais que nunca, nesse momento eu costumo fazer reflexões sobre a minha forma de viver, o que fiz, deixei de fazer, o que sonhei, o que plantei, o que colhi... Balanço amplo, geral e irrestrito. Não sei se quero esquecer, propositalmente, de muita coisa que fiz ou se a memória já mostra o desgaste do tempo, mas existem fatos, pessoas e situações em que, se pudesse voltar atrás e corrigir meus atos e discursos, eu faria. Magoei e fui magoada. Ouvi, li e vivi coisas que não merecia e pode-se dizer que retruquei à altura. Pois é, sou humana e erro como todo mundo. Mas, como poucos, assumo e me desculpo. Acreditem, o tempo ajuda a gente a reconhecer os erros e a falar "perdão" com mais facilidade.

Esse ano, em especial, foi o ano onde as amizades foram postas à prova. Aqueles que eu julgava amigos de todas as horas fugiram ao primeiro sinal de naufrágio do meu bote (não posso ter um iate ou navio... Ah, maldita pobreza!!!). No entanto, pessoas que nem imaginava se mostraram fieis cães de guarda da minha sanidade, do meu amor próprio e da minha família. Para os que me deixaram à deriva, o meu eterno carinho e a certeza de que, se acontecesse há alguns anos atrás eu estaria rogando "pragas malígrinas"... rsrs.  Vocês podem se considerar pessoas de sorte! rsrsrs Aos que me deram todo o suporte, que agiram como seres humanos, dividindo o peso para multiplicar a força, eu não tenho palavras que definam minha gratidão. 

Como qualquer pessoa, eu sonhei. Ah... Como eu sonhei! Se é para sonhar eu me penduro na Torre Eiffel e pulo de asa delta neles, sem medo de ser feliz! E, como quem arrisca, eu dei com a cara em muita parede de incompreensão, de solidão acompanhada, de frustração, de incerteza mais que certa... Mas, não me arrependo porque foi me levantando (ou em processo constante de tentativa de me levantar) que me moldei uma pessoa melhor. Foi sendo desrespeitada que aprendi a respeitar. Foi passando apertos que aprendi a dar valor a tudo que tenho. A gente só aprende errando... 

Enfim, se eu pudesse dar um presente a mim mesma eu me daria um conselho e procuraria segui-lo à risca: Não deposite sua felicidade nas mãos de outra pessoa. Confie mais no seu taco, usufrua da sua liberdade de ir e vir, de ser e pensar. Ame alucinadamente, como se não houvesse amanhã, mas com os pés grudados no chão, porque o amanhã existe, acontece e nem sempre do jeito que se espera, logo, estar preparado para as rebordosas é a estratégia para não fenecer. E acredite que tudo que faz você sofrer vai passar. Afinal, tudo nessa vida é passageiro, menos o trocador e o motorista!

Feliz cinquenta anos pra mim! Que Deus me dê saúde para comemorar os meus cem anos com um belo baile mela fralda geriátrica!!!! Amém!!!