segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Corro dele ou para ele?

Mais uma vez, não resisto e publico um texto da Sandra Maia. Essa escritora está em sintonia comigo. Nossas antenas estão se cruzando no espaço, só pode! Uma de nós rackeou o pensamento da outra, só pode!!! Enfim, espero que vocês aproveitem mais esta maravilha de texto e que ele seja útil com foi para mim.


"O que você pensa a respeito? Sabe aquele relacionamento que só dá dor de cabeça? Aquele que a coloca em depressão, com a autoestima a zero? Aquele do tipo "o parceiro é ausente, vive nas baladas, diz na sua cara que ficou com outra, porque você não estava disponível?". Aquele que só te joga para baixo?
De vez em quando, ele fala que te ama, só o suficiente para mantê-la aprisionada e, quando você está na pior, ainda vem com aquele discurso de que não aguenta mulher deprimida? Aquele que vive deixando "pistas" de traição, mau comportamento, te enlouquece de cíume, para te ver controlada — pois, dessa forma, você não tem tempo para pensar em você — e, depois, tem a coragem de te acusar de "controladora", e que, por fim, diz que precisa de um tempo? Diz que vai ficar uns dias sem te ligar e, quando retorna, aparece só para acabar com você... Você conhece esse tipo de parceiro(a)?
Pois é, esse caso é parecido com o da Miriam. Viveu um relacionamento assim por anos. Foram quase 10 anos entre namoro, noivado e casamento, com idas e vindas incontáveis.
Ela, pobre, insistiu. Achava que ele era o homem da vida dela.
Como assim? Como pode ser esse o homem da vida de qualquer mulher? Como uma pessoa em sã consciência vai pensar que isso é amor?
O cara não acredita em amor, vivia dizendo que não queria se casar, que não acreditava em relacionamentos duradouros. Deixava clara sua posição, e ainda assim ela resolveu apostar...
Resultado: se separaram há pouco mais de três meses, mais uma vez porque ele decidiu. Estava apaixonado por outra e iria morar com ela.
Agora, vocês sabem o que a Miriam me escreveu? Vejam:
Que estava morrendo. Que havia perdido o homem da vida dela. Que acompanhava o relacionamento do ex e que se sentia culpada pelo término da relação.
Ela assumia tudo para ela sem compreender que os 50% dele eram os mais pesados...
Pois é, isso acontece com muitas pessoas, homens e mulheres, desavisadas. Aquelas inexperientes ou superexperientes que imaginam: vou dobrar esse cara! Ele vai me amar! Vai ser meu! Apostam e, geralmente, se perdem...
Bem, é verdade que alguns poucos conseguem essa conquista — mas fico aqui me perguntando se vale o desgaste.
Será mesmo que vale tudo isso?
Será possível fazer o outro nos amar — mesmo contra a vontade dele?
Não acredito. Não acredito que isso possa dar certo a longo prazo, e pelas histórias que conheço não dá. Então, minhas caras amigas, quando estiverem na dúvida se correm para ele ou correm dele! Fique com a segunda opção. Fique com você. Com seus sonhos, seus planos, sua vida. Com certeza, algo muito melhor estará reservado para você.
Ninguém, ninguém merece mendigar amor, atenção, respeito, comprometimento, cuidado, presença, responsabilidade, carinho — ninguém!
Pense nisso. Se você conhece alguém que vive algo parecido, ofereça ajuda. Afinal, é muito difícil sair de uma situação dessas sozinha. "

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sandra Maia Sabe TUDO!!!!!!!!!!


Hoje, a resposta é para a Márcia e para tantos outros leitores com o mesmo problema.
Márcia é casada há 10 anos, tem três filhas desse casamento e vive feliz. Estável.
Como todo casamento, a relação de Márcia também entrou numa crise e então, nesse momento, ela se apaixonou por um colega. Foi um romance e tanto, durou quase três meses de muita loucura e dissimulação, para que ninguém, ninguém soubesse. Por sorte, seu marido não desconfiou de nada nesse tempo, até porque Márcia viajava constantemente a trabalho.
A questão é: ele, o então "amante", decidiu por um ponto. Queria rever seus valores, construir sua vida, resgatar seus planos. E a Márcia não fazia parte dessa história. Ela foi para ele uma simples aventura.
E, então, surge o problema... Ela se diz ainda apaixonada por ele, está até um pouco obsessiva e depressiva. Mal consegue esconder essa dor de amor do seu marido e das filhas. E agora?
O outro, para piorar, está na fase do "vem que te desprezo", e, de fato, para ele, ela não tem nenhum valor. Ele pensa: "Se traiu o marido, por que não me trairia?".
Enfim, lá vai nossa amiga cultivando essa história louca, e a pergunta é: o que fazer? Ela quer saber se deve insistir em que o amante volte a amá-la. Ela já tentou se reaproximar dele algumas vezes, e o rapaz está cada vez mais arredio, mais agressivo.
Então, vamos às respostas possíveis: primeiro, ele gostou dela, amar, amar mesmo não acredito. Ele entrou para se divertir, estava tudo fácil, então, por que não? Segundo, se o casamento não ia bem, o melhor teria sido colocar toda energia nele para que a situação se resolvesse. E os resultados, é claro, poderiam ser uma retomada ou o fim. E aí está a principal questão — muitos não querem correr esse risco e preferem levar uma vida paralela, como a Márcia, e acabam por correr um risco ainda maior... Bem, de qualquer maneira, no meio disso tudo, de toda essa problemática, um terceiro só amplia o problema. Até porque, podemos nos encantar com o outro, que vem com mais energia do que estamos habituados...
Então, decidido o que vai ser da relação, preparar-se para o novo pode ser mais aconselhável. Essa história de vida bandida, amor bandido, amar ao bandido, geralmente tem um final infeliz.
Bem, com relação à Márcia, já está tudo complicado, a encrenca, toda armada. Fica então meu convite para que deixe de lado essa história, por respeito a si mesma.
O outro já disse NÃO. Então, insistir só a coloca em uma situação mais e mais ridícula.
Gostaria ainda de convidar a Márcia para fazer um trabalho sério de autoconhecimento e, quem sabe, até terapia de casal com seu marido. Às vezes, a crise passa e tudo volta ao normal.
E você, o que falaria para Márcia? Já passou por isso?
Já viveu um louco amor, daqueles que você não consegue tirar o outro da cabeça e, quanto mais faz, mais o outro se afasta?
Já viveu uma história na qual a tônica era: você se rasteja e o outro, bem, o outro se esquiva?
Pois bem, relações assim não têm chance de acabar bem para um lado e outro. Faz-nos doentes, destemperados, desequilibrados.
E o ponto é: para retomar o equilíbrio e a harmonia interna, perdemos um bom tempo... Então, pense nisso antes de entrar na canoa — que já deve estar furada... A menos que você nade muito, muito bem.