Não sei se é impressão minha mas tudo cheira a sexo
hoje em dia. Nada em que possamos pensar não traz um Q de malícia e
sexo, mesmo que seja de forma sutil, como esses assuntos deveriam ser tratados.
Ontem, abri uma revista, destas que vem junto aos jornais de Domingo, e reparo
que três das quatro matérias em destaque tem o sexo como tema. Não que eu não
goste, pelo contrário, sou adepta, mas me senti meio que em um ambiente de aplicativos
de cunho sexual! Tudo é tão compartilhado...!!!
Não perdi tempo nas manchetes, partindo, direto, para as reportagens. Logo na
primeira entrevista, um astro de nossa música é perguntado sobre diversos temas
e, claro, o fim não poderia ser outro: sexo, do tipo, como, onde, quando e com
quem gosta de fazê-lo. Falou-se, tão inteligentemente, de religião, gostos,
costumes, racismo e, claro, saber como ele faz sexo não poderia faltar. O que
me interessa isso... Por que as revistas pensam que eu me interessaria em saber
as preferências sexuais deste ou daquele cantor... Mudo a página e começo a ler
aquelas perguntinhas dos leitores. Eis que me deparo com uma pesquisa que
mostra que 52% das mulheres britânicas acordam sedentas por uma xícara de chá
ao passo que somente 2% destas sedentas por sexo. Com os homens, o negócio não
varia muito, mais da metade prefere os prazeres (brochantes!) do chá aos
prazeres da carne. Diria, nem tanto ao mar, nem tanto à terra!
Vou continuando meu passeio e me pergunto se peguei a revista certa pois, a
sensação é que leio artigos de Playboy ou da antiga Ele e Ela. Mas, não! Trata-se
de uma revista destinada a leitores de todas as idades, tipo assim, revista
para toda a família. Essa minha mente, adubada, logo imaginou uma cena de sexo
grupal em família, o que me deu calafrios! Mas, como sou teimosa, fui levando
minha leitura, posso dizer que, nada excitada, diante as perspectivas de
aprender detalhes íntimos de um bom sexo grupal de cunho familiar.
Respira-se sexo em todos os momentos e isso está se tornando uma coisa tão
banal que, confesso, me assusta. Principalmente, porque sou mãe de dois
meninos, futuros homens, que terão que provar sua masculinidade por questões de
quantidade e não qualidade, caso contrário, estarão fadados ao insucesso,
segundo as pesquisas londrinas citadas acima.
Numa época onde a AIDS avança a passos largos, onde meninas de dez anos ou
pouco mais, estão tendo filhos, ao invés de brincar de bonecas, onde se duvida
da paternidade de um ser humano devido ao excesso de parceiros, o sexo se
tornou sinônimo de promiscuidade e uma coisa banal, assuntos de revistas
semanais corriqueiras quando, na verdade, deveria ser tratado como item de
esclarecimento geral nas áreas de saúde pública e bem estar social. É,
humanamente, impossível educar uma criança, hoje em dia, sem que se falar de
doenças sexualmente transmissíveis! Eu disse CRIANÇAS! Bons tempos em que se
falava do lúdico, do amor entre um casal, posteriormente, em família e a sua
formação e origem. Bons e idos tempos em que se educavam os filhos para
respeitar as filhas dos outros! Hoje em dia, se eles não partirem para o ato,
são chamados de bicha, isso quando não são atacados pelas meninas "de
família" ou, a fim de formar uma, tão inconsequente como sua cabeça!
Lembrei-me, nem sei porquê, de meu filho menor, todos os dias, me perguntava se eu queria ver seu pinto.
Eu, brincava, pois minha vida corrida mal dá tempo para algo a mais. Ele, não
satisfeito, me perguntava seu eu não queria ver o pinto dele que estava "dulo"!
E, eu dizia que era porque ele queria fazer xixi, mas não satisfeito, oferecia uma
troca: "- E meu "bundo", você quer ver..."
Pausa: como ele é menino, possui "bundo" que, segundo o "Orélio
Familiar" é o masculino de bunda, coisa que só as meninas têm.
Voltando: Também pudera! As revistas quando não falam do assunto com todas as
suas letras, o fazem em suas fotos. Os anúncios são todos direcionados ao
prazer infinito, quase orgasmático, que um sabão em pó pode proporcionar a um
casal! Vender carro tem que ser à base de mulher de calcinhas sumárias e
sutiãs minúsculos! Cerveja é sinônimo de mulher pelada e perfeitamente
redonda! Até mesmo, desenhos animados, possuem mulheres estonteantes,
semi-despidas, com os bicos dos seios entumecidos, gerando a curiosidade das
pequenas mãos que passeiam por sobre nossas blusas a fim de ver se aqueles
pontinhos existem nas suas super-mães, também.
Um comentário:
Que mundo maluco é esse? Banalizaram o amor, que nem sempre vem com o sexo que fazem à vontade, sem ter o mínimo cuidado ou lugar.
Triste!
Todas as mães tem que ensinar aos filhos(as) a dar valor ao amor, sexo com amor.
Difícil para eles, mas tentemos.
Adorei que você voltou a blogar. Bem vinda a esse mundo lindo, que o Facebook tenha desfazer.
Vamos combinar uns Encontros aqui em Niterói, para você conhecer mais algumas que são minhas amigas.
blogjoturquezzamundial
blogaustraliacomcappuccino
Beijos.
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