quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Platônico


O que tinha de ser
Foi sem ter sido.
O que tinha de viver
Morreu sem ter vivido.
Assim, platônico
Morreu meu amor que
Atônito
Descobriu-se ser,
Irônico,
Um mero nada.
Também pudera, amar de novo
A pessoa errada!
Ah, eterna sonhadora
Amante enamorada,
Coberta de devaneios
De raios de sol brejeiros
Que se bastavam.
Como você me bastaria
Se não fosse mera utopia
De uma felicidade sem fim.
Sim, foi isso que você foi para mim.
Um romance platônico,
Sem começo, sem meio,
Mas com um triste e doloroso
Fim!

Um comentário:

Claudinha disse...

Me identifiquei com este!
Não chega a ser um amor platônico, pois amar de verdade acho que amamos apenas uma vez! Digamos que estou vivendo uma paixão platônica!
Enfim, Raul Seixas disse que "Ninguém é feliz neste mundo tendo amado uma única vez"... Talvez ele esteja certo! Acho que preciso encontrar um amor de verdade e esquecer essa paixão!