segunda-feira, 21 de setembro de 2009

E os olhos nos olhos? Onde ficam?


Já dizia Einstein: "Para tornar-se um impecável membro de um rebanho, é preciso ser um carneiro."


Isso significa que, se não dançarmos conforme a música estaremos desclassificados. Temos que ser "o" padrão e segui-lo, caso contrário, não somos parte do todo.


O que foi que aconteceu com as famosas diferenças que tanto atraiam os opostos, segundo as leis da Física? Foram acobertadas pela modernidade! Hoje em dia, temos diversas formas virtuais de ser a fim de agradar tanto gregos como troianos. Basta-nos criar, inventar, sonhar e realizar este sonho virtual.


As invenções do celular e do computador são dois excelentes exemplos do que quero falar. Eles têm o poder de atrair, enciumar ou afastar pessoas. Isso porque o virtual passou a ser mais excitante, preocupante e repelente que o contato físico, o oral e o visual! As pessoas passaram a se esconder atrás de telas ou sons de vozes ou de mensagens em forma de torpedo ao invés de mostrar-se como são. Criou-se o clone do ser humano, só que virtual e que tem, ainda, a facilidade de ser o que se quer ser.


Pessoas infelizes em seus casamentos procuram outras e dizem que são solteiras, quando na verdade, buscam tapar o sol com uma simples peneira. Inventam mundos paralelos e são engolidos por suas próprias fantasias. E, pior, são covardes para negar porque têm como escudo, o poder de não olhar nos olhos, dos quilômetros que os separa e a vantagem do anonimato.


De pequenas mentiras, nascem bolas de neve e estas se transformam em avalanches sem controle. Pessoas inocentes são engolidas e não se dão conta. Outra coisa muito interessante, os "clones" de seus sonhos começam a acreditar em suas próprias mentiras e não conseguem mais sair delas! É um poço sem fundo, um caminho sem volta!


Acho que é por isso que existem tantas pessoas que desaprenderam a olhar dentro dos olhos e, principalmente, a assumirem seus atos, seus desejos e, finalmente, tomar as rédeas de suas vidas! Conseguimos, finalmente, o relacionamento frívolo, racional e globalizado. Não precisamos mais de olhos nos olhos e sentimentos gerados a partir daí. Um teclar pode ser um gozo infindo, um enter pode significar um basta, uma "queda de sistema" pode ser sinônimo de adeus.


No entanto, nosso coração pulsa forte, nossa mente divaga, nossas lágrimas rolam quando descobrem um furo aqui e outro ali, nessa história de "amor" virtual. Mentiras têm pernas curtas e não sobrevivem, apesar de não se olhar bem dentro dos olhos. Mentiras nunca serão verdades. Mesmo que sejam nossos desejos, frutos de um erro, uma brincadeira que perdeu o controle e culminou com uma grande ficção.


Como Eu diria: "Se desejarmos que sejam verdades, só existe uma forma: Olhar nos olhos e ser um impecável membro do rebanho!"

2 comentários:

Patricia disse...

Hoje mesmo estava respondendo a uma questão sobre essa nova forma de amar alguém... Virtual... Digo que é apenas mais uma maneira de amar alguém, mas que jamais vai substituir o amor real, aquele aqui do nosso lado, o beijo de verdade, o calor daquele abraço gostoso. Digamos que estou na fase do AMOR REAL SEMPRE!

Sil disse...

Fato q realmente as pessoas acreditam q o amor virtual existe,não descreio disso,mas na minha concepção do amor,existe o cheiro, o toque, o olhar .
Acho q o virtual pode até encantar, mas nunca saciar o prazer..
Mais real que fazer da vida um sonho,
é fazer do sonho uma vida, pois nem sempre
temos a vida que sonhamos, mais sempre
teremos um sonho para viver."